domingo, 22 de março de 2009

O Grande Mundo das Pequenas Coisas

"Guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta.
Guarde sem dor, embora doa, e em segredo."

C. F. Abreu em Existe Sempre Uma Coisa Ausente

Soundtrack: Glen Hansard & Marketa Iglova - Once



Talvez seja na beirada de um sonho que o mundo acaba, eu não sei. Talvez não acabe e vire coisa diversa, como quando a gente fecha os olhos e descobre uma esquina no canto das pálpebras, é ali que tudo começa mesmo quando termina e cada chance laceia a vida pelos ombros como quem diz “fica, que eu vou cantar pra te fazer dormir enquanto lá fora ainda faz frio, deita aqui”. Talvez, e só talvez, haja pintado em alto-relevo sobre a palma da nossa mão um instante onde viver não sangre, e seja leve carregar nas costas cada pequena fome de amor, e aquele destino parado diante do portão de casa, aquele que um dia foi possível, ainda esteja lá à tua espera, e quem sabe à minha espera, em silêncio, deitando os olhos sobre o ruído das palavras caídas sobre o batente. Eu queria, sim, voltar no tempo e quem sabe cruzar contigo no meio da rua, e te convidar para um café num dia frio e adocicado como aquele do primeiro inverno em que nevou flores, eu guardo ainda algumas pétalas entre as páginas do livro que nunca escrevi. Eu guardo, ainda, mas é um passo em falso quem me leva para casa, onde fica o nosso lugar eu me lembro e não alcanço mais. Talvez seja na beirada de um sonho que o mundo acaba; talvez, e só talvez, não acabe e vire coisa diversa e se incorpore no corpo feito cicatriz, volátil imprecisão é o destino. Eu só preciso aconchegar os pés um pouco mais nessa certeza enevoada que saber demais é desvantagem, e quem sabe o mundo não acabe e sim comece quando a gente abre os braços e enfim se atira.

Eu aprendi a me atirar quando te dei as minhas asas.


76 comentários:

Sempre querendo saber disse...

Uhúuuuuuuuuuuuuu eu posso ver \0/

Obrigada viu neguinha,por me convidar,amo este cantinho aqui e todo texto(Como esse)que fala de amor me faz pensar...
Obrigada

Anônimo disse...

flávia,

cada vez mais sensível e dócil

bjs.

Anônimo disse...

Eu também estou esperando chegar a hora em que viver não sangre... e espero sem coragem de me atirar, porque a chuva fina adormece minha dor, e aí eu até acho que posso aguentar mais um pouco...

Beijos pra vc.

Nadezhda disse...

"e quem sabe o mundo não acabe e sim começe quando a gente abre os braços e enfim se atira".

Muito bonito.

(Vocêfalou praeu te passaro email, mas aqui abre normalo blog).

;)

Lomyne disse...

Saber demais é desvantagem... Definitivamente é, mas é que nunca conseguimos saber menos do que já aprendemos, eu acho.

«Line» disse...

como canta Jorge Vercilo: "não há precipícios na vertigem do amor, só descobre isso quem se jogou".

bjnhos

C. disse...

é, talvez seja...



um xêro em tu.

Monday disse...

esta mulher está de um chiquê cada vez mais notório ... rsss

blog privê!!! o primeiro convite para um blog privê a gente nunca esquece ...

e quanto ao post, Flah, eu fico com a segunda beirada e a cicatriz ...

Marcos Seiter disse...

Que texto tri!!!

Beijos!!!

Marcos Seiter

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Há sempre um além do horizonte. Há sempre algo a mais nos esperando lá na frente. E sempre vai ter.

o mundo nos oferece tanta magia, tantos presentes, mas oferece caminhos e escolhas.

Seguimos sonhos, estrelas, tentamos andar na linha do destino, seguir o ritmo fiel da felicidade, da harmonia e da paz que cerceia nossa vida.

A gente guarda sensações. E sempre quer retornar para aquele bem que nos foi proporcionado.

Há uma intensa busca pelo sorriso.
E sabe de uma coisa? O mundo não acaba numa beirada de um sonho, nem em qualquer lugar. O mundo acaba quando escolhemos não seguir mais em frente. Quando não decidimos realmente viver.

É bom se atirar, se arriscar e buscar. O prêmio é esse. Encontrar beleza na aposta em viver.

Lindo texto Flavinha querida.

Beijos do ALF.
Adoro :***

Quintal de Om disse...

Pra começar, AMO caio fernando Abreu e uma frase dele parecia com essa daí, foi um comentário em um blog hj: "Há sempre uma aus~encia que fica"

Pra terminar,

Saudades de ti, moça!

Espoero que estejas bem sim e que o trancos, sorriso, barrancos e lágrimas que tropeçarmos por aí, sabe, nos acrescentará sempre algo bom pra se guardar.

Até a dor é aprendizado, principalmente ela!

"Guarde-o, mesmoq ue doa e em segrredo"

meu beijo pra vc!

Quintal de Om disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Flávia,
Percebo um texto bem surreal, daqueles de mexer com as emoções. Adorei! "... quando te dei as minhas asas."
Um abraço e uma boa semana!

Felipe Attie disse...

"...uma esquina no canto das pálberas" Muito bom!

é moça, você realemnte escreve bem. Prabéns! Até...

NiNah disse...

Caracas, Flávia para com isso. rsss
Brincadeira, eu fiquei emocionada com a última linha. Amei esse texto moça das entrelinhas.
Já te enviei meu "real" email.
Bjos

KImdaMagna disse...

.. é verdade eu já vi algures, ...quando damos as asas, não as perdemos, os voos maiores, se tornam, os vindouros...
as pétalas são o espaço a voar...

xaxuaxo

Sunflower disse...

eu sou uma atirante. Nunca liguei muito mesmo pra asas.

beijas

Mauri Boffil disse...

Ja pensei em fazer uma trilha sonora chamada Sabe de uma coisa? só com as musicas lindas que tocam aqui

Anônimo disse...

e tu tens coragem de me dizer que o teu estilo não é poético? tnto é como é sinestésico e ainda - altamente literário.

Sobre o texto:
OOOOOOOOUUUUUUUUUUNNNNNNNNNNNNNNNNNNN

Romanticíssimo.
s2
(nao sabes mais falar de amor? e esse texto aí hein? ;-))

Márcio Ahimsa disse...

"Eu aprendi a me atirar quando te dei as minhas asas", puxa, Flávia, querida, que coisa mais bonita. Esse sentir, essa coisa boa que nos acomete sempre, de estar encantado, de estar tomado pelos ares do querer, do amor.

Beijos, querida.

Anônimo disse...

flávia sua danada, mas tu escreve mesmo heimmm, olha, é como sempre digo, você atordoa meus pensamentos e eu fico sem plavras para as suas.

palmas, mais um belo texto.

sorte e luz.

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Sheila Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ disse...

Também já dei minhas asas... e me atirei mesmo incompleta. E quando estava chegando no fundo negro de mim mesma, elas retornaram. Foi quando descobri... elas podem até planar em outro corpo, mas no momento exato sempre retornam, e nos fazem inteiras novamente. Beijocas Flávia... bom vôo!

Nathália E. disse...

Tô cansada de elogiar seus textos.
CAN-SA-DA. Hahaha

Flávia, me diz... Me conta o segredo de tocar bem no fundo da alma das pessoas.

Beijo!

Van disse...

Tem jeito não. Viver, só vive mesmo quem se atira sem asas. São essas pessoas que sobrevivem às quedas reais. Porque as asas de verdade estão por dentro.

Beijuca twin.

Sr. Despedaça Corações disse...

Eu aprendi a voar depois que cortei minhas asas.

Gostei do teu retorno.

Flávia disse...

LU,

Faz pensar? Em quem? ;)

CAMISINHA.COM,

Sensível e dócil até demais, né?

LILIAN,

Eu não sei se essa hora de fato chega... por isso, talvez, me atire tanto!

NADEZHDA,

é que vai ficar aberto até eu terminar de mandar as permissões, hehehe ;)

LOMYNE,

às vezes a gente faz questão de saber demais, e se perde, sabe? Se perde...

ALINE, SUN,

Vamos nós, então!

C.,

E só talvez...

MONDAY,

Eu também fico!

SEITER, LIENE, FELIPE, AFO,

Obrigada, queridos!

ALF,

E buscar sorrisos é o que eu faço de melhor. Semeá-los também :)

SAM,

Talvez a dor seja um aprendizado ainda mais eficiente que a felicidade, e sabe por que? Porque é através dela que somos capazes de discenir o que realmente importa. E é pena que nem sempre se possa resgatar o que se foi, mas a vida é assim - perdas e ganhos...

NINAH,

Pois é, já descobri sua identidade secreta, hehehe!

KIMDAMAGNA, MÁRCIO, SHEILA, VAN,

Sim - quando damos as asas, é que nos permtimos!

MAURI,

Por isso não - faço um CD com as minhas preferidas e te dou de presente! =D

JAZZ,

É que podia ser um amor um pouco mais alegrinho, né? Rs...

SR. DESPEDAÇA CORAÇÕES,

Um dia te conto o motivo ;)


Beijos a todos!

Belarmino disse...

Acho que estou passando exatamente por esse momento, ou chegando lá.
O certo é que, se dei ou não dei asas, eu não sei, mas estou me atirando.

Beijos moça

Clarice disse...

... onde viver não sangre ...
lendo, fui levada por suas palavras e também sem asas me atirei e eu senti o poder de fechar os olhos e imaginar que talvez seja tudo um sonho, real demais, mas ainda sonho.

Beijos da janela, e obrigada por me convidar.

Tainá Facó disse...

fico feliz de uma maneira inexplicável por poder te ler.
Texto lindo, Flávia. Porque quando a gente não tem mais asas, a gente se joga. E caso a queda seja grande, não tem problema. Nos reconstruimos.

Meu beijo!

J. disse...

Ufa! Eu tava toda carente, com um bico enooorme, achando que não ia mais fazer parte do teu mundinho aqui.
Obrigada por me permitir estar sempre aqui e ser tocada pelos seus textos.
E por falar nisso, já tô arrepiada com esse:
" (...) quem sabe o mundo não acabe e sim comece quando a gente abre os braços e enfim se atira."
Adoro, viu?
Beijo, flor!

Dexter disse...

Aprendeu a se atirar, mas se atire usando para-quedas, viu?!

Beijo, criatura apaixonante!

Annanda disse...

eu não saberia destacar um trecho desse texto..todo ele e cada palavras é poesia pronta, é poesia em prosa!
li e fiquei tonta!
muito bom, muito bom!
ah! fiquei muitissimo feliz e lisonjeada por poder continuar acessando seu canto e saber não só de uma, mas de várias coisas!
muitos beijos!

R. disse...

Bom chegar aqui e ver as portas abertas e não ter que esperar a autorização do meu e-mail (que enviei, aliás!) pra ler um texto tão gostoso. Se for do mundo acabar bem podia ser na beira de um sonho sim. Podia ser de voltar o tempo também e copiar o seu convite de café. Fiquei um tico triste por conta do texto, é uma segunda feira especialmente esquisita essa. Podia ser de passar depressa, ah...

Bjs

Anônimo disse...

Quando você falou da esquina das pálpebras, imediatamente me lembrei das 1001 noites. Toda história impossível começa com a palavra de honra dele, que aconteceu de verdade, e que está escrito no (acho)canto esquerdo do olho (coisa de arrepiar!).
E, minha Sherazade, seu amor está tão dentro de você que consegue desfiar para nós, letra a letra. Nem precisa de asas.
Beijinhos voadores...

Anônimo disse...

Para quem havia "abandonado" o blog... vc até que está com bastante prática viu... rsrs!

Como sempre, palavras intrigantes, uma enorme interrogação autobiográfica no ar, e a sua imensa facilidade de jogar com as palavras, brincar como se elas fossem algo bem simples de se manusear, e assim, fazendo-nos acreditar de uma vez por todas que sentimentos são como as palavras com as quais vc brinca: indescritíveis!

parabéns Flavinha!
Beijos!

Flávia disse...

BELARMINO,

Aproveita! Tô torcendo aqui por vc :D

CLARICE, TAINÁ, DJ, ANNANDA,

A verdade é que viver sempre sangra - mas vale a pena enfrentar a dor para viver, sabe? A gente cicatriza... E quer coisa mais linda do que essa capacidade de reconstrução que, nós, seres humanos, temos? E quer coisa mais feia do que as senhoritas imaginarem que eu iria deixá-las de fora, hein?

RIC,

Eu juro que agora tenho um aqui comigo, rs!

R.,

Sim, podia mesmo ser de passar depressa, assim como todos os outros dias esquisitos que teimam em ser mais longos que os dias comuns. Eu prefiro acreditar que na beira dos sonhos o mundo não começa e nem termina, mas se transforma pra melhor, seja lá em que for que ele se transforme, porque o melhor depende mesmo é da gente. Voltar no tempo... seria uma boa, né? Mas, como não dá, é seguir em frente - e, se você gosta de café, tá feito meu convite pra vc :)

TATIANE,

Talves sejam as únicas...

MI,

Bom, todas as minhas histórias impossíveis também começam assim, rs... e quem já me conhece pessoalmente ou já me viu ao menos uma vez, sabe que é a mais pura verdade quando digo que os meus olhos falam por mim - quem sabe a minha verdade esteja escrita no canto esquerdo também ;)

VINÍCIUS,

É que eu parei de blogar, mas de escrever, não dá! E, no fundo, os sentimentos e as palavras são mesmo bem parecidos: é preciso saber o que fazer com eles...


Beijos!

Jaya Magalhães disse...

Flá,

Outro dia andei pensando que sonhos, por vezes, extraviam-se. Pra onde vão? Tão incerto, nomear lugares. Daí eu penso que talvez morem nas tais curvas das pálpebras, a cada fechar de olhos, que você citou com tanta propriedade. Encontram-se, aí.

Fico pensando que sofrer é sempre válido. Claro, penso isso no depois, apenas, porque na hora, não se pensa, sequer. Daí eu penso que sou formada por um pedaço de cada amor errado, e vejo as mesmas formas nesse teu texto, de alma exposta. Tão bem detalhada, que a mim, quase foi permitido tocar.

Se o mundo começa quando a gente se atira, já nem sei. Ando acreditando que o mundo é um moinho, ultimamente, segundo a voz de Cartola. Mas tento ver sorrisos, em meio aos dizeres.

Atirar-se, sem asas, já não sei se faz bem. Porque é bonita a ideia de uma entrega infinita, posto que não se pode mais voar. Mas uma vida, sem gosto de céu, vale?

Beijos, frô.

P.S.: Acho que o sinal é bom, tendo em vista que as portas se abriram aqui, novamente.

Sueli Maia (Mai) disse...

Flá,

Asas regeneram-se, por isto podem ser cortadas...
O amor que versas é um espanto!

Podes demorar o quanto queiras que pareces vinho maduro..
Cuida bem de ti e escreve porque nós ficamos aqui bebendo do que escreves.

Na falta de pontes um salto no escuro...

Haja amor e asas...


Carinho,

Mai

Anônimo disse...

Não tenho conseguido escrever, e nem tenho tentado mto, desanimei, me perdi em mim. Mas hoje tive uma vontade forte,porém engasgada, e os únicos dois lgares que poderiam me dar de um lado o cru e do outro a mais inacreditavel leveza das palavras, era no blog do meu menino e no seu. E como sempre não me descepcionei, saio leve, ainda engasgada, mas leve,rs.

Adoro Once, tenho a trilha sonora, doce demais esse filme!

BEIJOS minha flor.

Salve Jorge disse...

Existe
Entre tanto alpiste
Peito que palpite
Mesmo sangrando
Segue achando
Que está voando
E de vez em quando
Talvez
Nesse sonho
Em que tudo disponho
Sue a tês
Ao perceber que o que se fez
Com ar risonho
Foi voar sem asas...

Zingador disse...

Feliz! Por você ter me agregado ao seu canto... Sinto-me tão bem lendo você, suas palavras.
E lendo esse seu texto, lembrei de uma canção de Chico Buarque e edu Lobo, lindamente interpretada por Bethânia, que se chama " A moça do sonho", em que diz assim: "... um lgar deve existir, uma es´´ecie de bazar, onde os sonhos extraviados parar..."
E creio, que o mundo não acaba, nem na beirada de um sonho, mas sim um sonho que some ao acordarmos, e aí ele vai, vezes volta, outras desaparece. E acabei me lembrando também do paciente que engoliu o sonho... riso.
Enfim, estou meio tonto e sem nexo, melhor parar por aqui.
Grande abraço perfumado

Sr. Despedaça Corações disse...

Quero só ver.

Luiz Calcagno disse...

Estava com saudade disso. Ainda bem que você compartilha seus escritos. Abraço

Luiz Calcagno disse...

PS: É de ler num fôlego só.

Marguerita disse...

Fazia um tempinho que não passava por aqui! Nooosa! Que texto interessante, guria!

Me deu vontade de voar, de verdade!

^^

Sensação de leveza!

Bjãozão!

Jaqueline Lima disse...

Num tiro, me atiro.
suspiro, depois respiro.
e sinto. desse jeito faz sentido.
pedido. atendido.
minhas asas são suas.
e eu ainda posso voar...

Beijos, sempre um grande prazer viu, bonita?!

Anônimo disse...

Linda, confesso que tb dei minhas asas !!1

beijos!

Poisongirl disse...

Bem bela só conhece a redenção quem um dia já caiu ...

Luciana Andrade disse...

Lindo seu texto.. simples assim
beijos meus

Sabrina Davanzo disse...

Flávia, lindo seu blog.. lindos seus textos! Adorei!

Um beijo!

Keila Costa disse...

Talvez seja na beirada que tudo acaba, que tudo começa; na beirada fronteiriça, de luto e nascimento; acho que devíamos nos chamar 'beiradiços"...
Belo texto! Beijos

Van disse...

Queridona,
Tem MEME pra você lá no VAN FILOSOFIA!
Te espero lá.
Beijucas

Tainá Facó disse...

Ai, Flávia, por mim você escreveria todos os dias pra eu te ler. Como eu sinto um carinho por você... Isso é normal? hahahaha! É que me vejo em cada linha sua, de verdade. Não some muito tempo, tá?

Um beijo!

Solange Maia disse...

Ah Flávia....

Você me faz acreditar em tanta coisa boa...

O que você escreve escorrega direto ao meu coração... é impressionante como gosto de te ler !!!
Parabéns minha querida !!!!
Parabéns de pé, e com palmas...

Beijo,

Solange Maia

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

*Raíssa disse...

"Eu só preciso aconchegar os pés um pouco mais nessa certeza enevoada que saber demais é desvantagem, e quem sabe o mundo não acabe e sim comece quando a gente abre os braços e enfim se atira.

Eu aprendi a me atirar quando te dei as minhas asas."

Simplesmente FANTÁSTICO esse final! Maravilhoso esse texto!

Beijs!

Carol disse...

"Eu aprendi a me atirar quando te de minhas asas."
Lindo isso. O texto inteiro, aliás.
Um beijo

Krika disse...

Oi Flavitcha, voltou ao mundo bloguistico, estive fora, por um tempo e acabei fazendo outro, Bjs enorme. Cris do antigo Simples Vida!

Taynar disse...

Tu tens que parar de escrever textos que sejam tão parecidos com o que eu sinto, porra!

;p

Mas hoje eu estou com três músicas, acho que entenderias: Com açúcar, com afeto; Trocando em miúdos e O mundo é um moinho.
Que tal?

Beijos, mulher

Menina da Imprensa disse...

Se na beirada do sonho o mundo realmente se acabar, então se afaste da beirada já! Mas se atirar-se sem vendas, e sem asas te permitir um voo livre, seguro, distante do talvez, pertinho, quase colado com a certeza, então se atire já!
Kisses

leila saads disse...

Ùltima frase de efeito, linda!
Quero achar esse espaço onde viver não sangra...

=*

Anônimo disse...

Muito bom flávia .. :)
são de coisas pequenas
que se faz uma grande vida.. :)


beijos.

Cláudia I, Vetter disse...

Pra quê fazer chorar tanto que minhas cicatrizes se tornam tuas palavas e a topografia só consegue ser no fim o silêncio do que concorda que só pode ser sentimental?
ah linda, és tu; magnífica.

;**************

Unknown disse...

Que bem que se escreve por aqui!

Marina disse...

Uau! Tudo que eu estava sentindo virou palavras! Obrigada!!

Lindo blog,
Beijos

Marina disse...

PS: me desculpe, mas tive absoluta necessidade de colocar um trecho desse texto no meu perfil do orkut, com os devidos créditos... espero que você não se importe...

Monday disse...

Tem um poema lá que, ao que me lembro, você gosta muito ... não sei porque ... rssss

Daniel disse...

Nunca tive asas... Me atiro e pronto! Aonde vou parar, não sei! Coisa de gente impulsiva mesmo rsrs. Mudei de blog, deixei o Só Pensando e agora estou no Contestação. Bjus e boa semana.

http://contesta-acao.blogspot.com

Alessandra Castro disse...

Um sopro de vida ler aki.

Ane Talita disse...

é muito bonita!

=)

beijos.

Kari disse...

Talvez atirar-se seja a melhor opção em algumas ocasiões...

Saudades de ler essas tuas, sempre tão belas, palavras... Que quase são versos... Tão doces...

Beijão

Ingrith disse...

Voltei e tava com saudades dos seus textos!

Anônimo disse...

O sangue da vida se estanca, é verdade, quando vejo certas cores, quando minha sinestesia nota algumas presenças, quando pego-me num sorrisinho interno.
Aqueles nossos planos, amiga-metade, de jardins vizinhos lotados de vozes infantes, de nossas ausencias ausentes uma da outra, dos endereços economizando no nome da rua povoam minha memória em certas situações. É isso que me faz rir das piadas injustas da vida e me faz vestir um nariz bem grande e vermelho. E eu acho graça de verdade, mesmo!, e sigo firme, ereta e admnirando horizontes.

O mundo inteiro é um abismo e nós nos atiramos belissimamente: a melhor maneira de habitá-lo.


Eu entendi, amiga-metade, e chorei. E você sabe.
Meu beijo.

Letícia disse...

Lembrei da música Asas da Adriana Calcanhotto. Seu texto é bem verdade. A gente vende a alma e ama até o fim.

E adorei o trecho do Caio.

Bjos.

WOLF disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helô Müller disse...

Parabéns Flávia pelos seus belos textos ! "Menina" de talento, sem dúvida alguma ... Gosto do seu estilo de escrita. Serei sua cúmplice, com certeza !
Beijos e mais sucesso ainda !!

WOLF disse...

Rodei, rodei, rodei e praticamente 6 meses depois ainda não encontrei palavras que, combinadas, ficassem mais bonitas do que isso aqui. E, gente, que título é esse? O grande mundo das pequenas coisas... Muito lindo isso aqui, mesmo.