terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dos Vícios Perdoáveis

A paixão é tal e qual um remédio tarja-preta.

E dizer isso não é desmerecer a paixão, nem tentar fazê-la parecer menos saudável e necessária. Mas é verdade que paixão vicia. Vicia tanto que ninguém sabe o que fazer quando, de repente, percebe que a cartela está vazia porque o miraculoso e costumeiro comprimidinho acabou no dia anterior.

É exatamente como um tarja-preta: doses individualizadas, porque há quem não tolere altos teores da substância assim, de supetão, circulando pelo organismo; diferentes formas de apresentação pois, enquanto algumas pessoas são capazes de engolir cápsulas e drágeas numa boa, outras precisam beber soluções, xaropes e emulsões, gota a gota ou de colherinha, e existe quem só funcione com a droga lançada sem delongas na corrente sanguínea, direto na veia. E os efeitos colaterais, ah, os inevitáveis efeitos colaterais: boca seca, sudorese profusa, tremores, visão turva, perda de apetite, rubores, vertigens, palpitações, fala embotada, insônia, episódios febris, delírios. Sintomas às vezes incômodos, fora de hora, de um descabimento homérico e transtornante, sem falar no perigo iminente da dependência – mas o remédio é dos bons, deixa a gente mais leve e disposta, vale a pena correr os riscos.

A paixão é, ao mesmo tempo, antidepressiva e ansiolítica, e os efeitos são imediatos. A pele fica mais viçosa, a circulação mais eficiente, o humor menos lábil, a libido mais aguçada, o raciocínio mais rápido, a gente agradece aos céus o bendito “doutorzinho” – ou “inha” – que acertou em cheio no tratamento, e não abre mão da abençoada prescrição por nada nesse mundo. Mas a “paixonina” é ainda mais psicotrópica que a mais potente das anfetaminas: circula livremente pelo organismo e estabelece circuitos de reentrada nos sistemas nervoso e cardiovascular sem sofrer a ação de nenhum mecanismo inibitório, e não há sistema de depuração enzimática que seja capaz de clivar as suas moléculas. É fácil se intoxicar de paixão. Difícil é distinguir com precisão o limite entre o terapêutico e o patológico. Não há antídoto contra a paixonina. O único expurgo cabível é o tempo, mestre na arte de eliminar os excessos e ressacas de paixões tumultuadas e inadvertidamente exacerbadas. É sentar, segurar a cabeça – e o coração – entre as mãos e esperar passar.

E passa. Mas há que se reconhecer a dependência e, sobretudo, há que se ter vontade e disciplina para lutar contra ela, pois as recaídas são freqüentes, massacrantes e terrivelmente... apaixonadas. É um longo e penoso caminho até que o dependente se torne definitivamente capaz de dizer “estou limpo”. Só por hoje, ao menos por hoje, ainda hoje limpo. A paixão se parece deveras com um remédio tarja-preta. É bom, é ótimo ter paixão circulante no sangue – em níveis séricos aceitáveis pelo Ministério da Saúde Sentimental. A gente tem que sorvê-la em doses quase homeopáticas, mas sempre bate aquele frisson de tomar o frasco todo pra curtir o barato lisérgico das paixões cavalares. Overdoses de paixão são tão fascinantes quanto constantes - talvez pelo medo de seguir à risca as recomendações e sentir, como resultado único, apenas uma coceirinha morna e desmilingüida no meio do peito. E aí a gente continua embarcando nessa viagem, sem moderação, sem preocupação. Até terminar o frasco e descobrir, num pasmo atônito, que o efeito passou e a receita se perdeu.


Publicado originalmente em abril de 2008

66 comentários:

Flávia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flávia disse...

Pra quem comentou no post anterior: volto com ele na semana que vem, certo? Perdoem a substituição brusca - mas esse é daqueles que a gente usa pra descarregar e, se não descarregar, explode.

Beijos :)

Tiago Soarez disse...

Ngm melhor que você, médica, para definir a paixão dessa forma!

Mas eu, Analista de Sistemas, mesmo não conhecendo nada sobre remédios e medicina, concordo plenamente com vc e assino embaixo!

*Raíssa disse...

Paixão é uma coisa muito boa quando tomada em doses saudáveis, mas quando se toma doses excessivas, ela passa a ser doentia. O vício nem sempre faz bem.

Texto lindo, como sempre!

Beijos!

J. disse...

Proponho sociedade numa clínica de tratamento de dependentes dessa substância! Parabéns, mais uma vez um texto brilhante! Ah, mas a constatação que não quer calar é que vc tem que ser dependente e estar pensando em tomar o frasco inteiro pra escrever esse texto!

Cris Medeiros disse...

Boa comparação... rs

Eu to precisando urgente de uma caixinha de paixão... eheheh

Beijos

Anônimo disse...

Flavinha,

A paixão é uma delícia, mas quando não se vive do jeito que se deseja é uma dor lascada de curar.
Posso dizer que não tem sido fácil, mas fazer o que?
Sigo esperando o efeito passar e a receita se perder.

Saudade de tu, lindona.
Fui de férias, mas cá estou pra colocar a leitura em dia dessas palavras que batem lá no fundo, ó!
Beijo

Mustafa Şenalp disse...

çok güzel site. :)

.a nega do neguinho. disse...

Minhas doses diárias estão cada vez mais viciantes, e quer saber?



Tô drogada mesmo!



Apaixonite aguda!!!
---PS: que já virou amor!
hehehe

Ingrith disse...

Essa tal paixão... adoro!

Anônimo disse...

Doutora, isso já foi colocado numa revista científica?
Perfeito!

Beijinhos, menina!

Camila :) disse...

ooieee,
olha nem li seu post
teem aviso no meu blog :)



teeh maais
;*

Anônimo disse...

Hum... a paixão, sempre tão forte e faz nosso coração ficar louco...

bjosss!!!

Mai disse...

Olá Flavinha, adorei a analogia deste texto. Bem humorada e como sempre, bem escrita.
Como disse Nietzche,
“Quem tem por que viver pode suportar Quase qualquer como.”
E a Paixão é algo assim: faz-nos viver, mas...
:-) Antidepressiva e ansiolítica, a Paixão é praticamente um "Prosac". Ilustraste bem esta faceta da paixão.
É um "FOGO" uma "ignição" "aceleração".........e "fadiga" as vezes até "morte"...
Mas, ah! Quando se vai sem matar, deixa ao menos uma sequela, algo como uma ressaca de vinho ruim, que justamente se bebe, só para esquecer a tal paixão.A cabeça dói, o estômago embrulha, o coração quase para.
Vai Flávia, escreve e escrevemais e escreve tudo e escreve sempre que puderes, sobre tudo o que quiseres.
Tu podes.Podes sim. Tens o "Poder da Criação"
carinho.

Unknown disse...

Ah! Como é bom ler algo divertido e bem humorado!
Agora queria ver como faz quando a paixão vira amor, e se esse também é um caso de tarja preta!!

Muito bom!

Abs!

Tyr Quentalë disse...

Ok, Dra. Flávia, vc simplesmente desmembrou musculo por músculo, artéria por artéria a paixão, mostrando-nos ensse texto inteligente uma visão reta e direta, como todo bom médico deveria ser.
Adorável seu texto, melhor dizendo.. Apaixonante...
ele devia ser usado na cartilha do Ministério da saúde ou dos psicólogos.

Auíri Au disse...

Seu blog é lindo!!
E suas palavras marcantes...
E esse remédio, com receita ou não um dia todos nós tomamos!!Hehe


Beijos

Anônimo disse...

Quer um receituário azul em branco? O carimbo q vc tem q conseguir, mas o papel em si, arruma-se. *rs*

Mas sim, adorei esse post. Realmente, é como droga, vicia, se torna parte de vc e a desintoxicação é foda.

Mafê Probst disse...

Feliz dos que aprendem o amor, enqunto tomam doses de paixão. Parece que esse remédio dura mais tempo.

Alessandra Castro disse...

Má eu super acho que criei anti corpos, imunidade ou qualquer outra coisa. Nunca mais sei o que são os indicios desta febre as vezes boa e as vezes ruim.

Anônimo disse...

O Batalhão retorna às suas atividades com força total.

Não se esqueçam: Mulher é tudo bandida !!


http://mulhertudobandida.blogspot.com/

Anônimo disse...

Flavinha mais uma vez arrasando! Sério, me dá gosto ler teu blog :D
Enfim, esse texto me lembrou muito uma amiga que está tentando se "desapaixonar" e anteontem mesmo ela me ligou me pedindo os parabéns, porque ela ficou um mísero dia sem falar no sujeitinho.
Tanto os remédios quanto as paixões são estremamente perigosas, mas ainda assim eu prefiro paixão a fluoxetina :D
Beijos!

Renata Silva disse...

e não é q é tudo isso mesmo?

Anônimo disse...

Aaaaaaddddddddooooooooorrrrrrrrrooooooooooo esse remédio! Apesar dos nefastos efeitos, nada como uma paixão avassaladora para nos tomar por completo e dizer: "ei, você está vivo (a). Postei poemas na Casa do poeta e no O Arroto. Bjus e bfs.

http://so-pensando.blogspot.com

http://poetasreunidos.blogspot.com

http://o-arrotoooo.blogspot.com

Jay disse...

Vai escrevr bem assim lá...sei lá onde...rs
muito bom aqui...parabéns

Bill Falcão disse...

Diagnóstico perfeito, doutora!
Bjooooooooooooooo!!!!!!!

Natália Mylonas disse...

Paixão é como remédio na tarja preta .
Só podemos tomar com as medidas certas ;
Mas assim cm remédios, elas duram um certo tempo .
Paixão acaba .
Ainda bem ...

Bj bj =*

Germano Viana Xavier disse...

Estive fora por uns dias e só agora retornei ao ciberespaço. Estou retribuindo a visita ao Clube de Carteado e a dizer que estamos de volta.

Um abraço.
Xavier

insens disse...

Adorei os textos, os sentidos explorados e como é pra tomar overdose deste negocio ai?

Gustavo Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gustavo Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gustavo Martins disse...

Ah, não, Flavinha. Vc é querida e tudo de bom, mas paixão não é remédio nem vício. Paixão é a sensação que se busca. O barato.

A gente até podia dizer que a droga é o objeto da paixão. O ser amado. Mas até isso é mentira, porque a gente se apaixona por uma imagem irreal do ser amado criada dentro de nossa cabecinha passional.

Agora... uma pergunta: ninguém nunca discorda aqui? É todo mundo sempre tão querido!!! Tamos começando a achar isso esquisito na blogosfera.

Beijões!!!!

PS.: em dias ruins assim, achamos que paixão é uma m...
PS 2: a gente tevce que apagar aqui em cima porque deu um tremendo bug de acentuação

Anônimo disse...

Cabecinha passional, ou não, o texto é "técnico"!
Pode até ser uma justificativa para a paixonite aguda - justificativa não quer dizer que seja real. Mas o texto, em si, é perfeito nas suas descrições!
Perverso! rss

Mulher é tudo bandida disse...

Paixão, estado momentâneo que nos permite doses diárias. Afinal, a gente pode se apaixonar a todo instante, todos os dias, basta dobrar a esquina para sentir-se apaixonado. Amor não né? Amor é que nem a velhice. Vem e se instala. Na bula deveria conter as reações que a medicação causa, como a cegueira momentânea, o estado constante de euforia que pode variar para uma queda brusca de tristeza... palpitações.. o individuo é levado a estados letárgicos e de isolamento a dois. Consumo essessivo pode levar à dependência obsessiva. Ah.. vem com resquicios de ciume que se não tratado, pode agravar....

Beijos e bom desabafo.

Lore Rodrigues disse...

Oi!
Adorei seu blog! Muito bonito e criativo!! To adicionando ele aos meus favoritos. Qualquer coisa eh só falar q ei tiro.

Bju

Aline Ribeiro disse...

Paixão é o tempero pra um começo de relacionamento, mas este só é consolidado se a paixão der lugar ao amor, esse sim não acaba.

Bjm

Nadezhda disse...

Acho que deve ser usado em doses homeopáticas, e de alguma svezes toamr além da conta. (mas só às vezes).

;)

D.J. Dicks disse...

Paixão e reflexão. Não sei saber quando estou apaixonado. Penso de mais e sempre acabo percebendo que foi tudo uma inensão de minha paarte.. talvez seja só para me acalmar.

iaiá disse...

ai flah

saudades!

bom, lindo e quase perfeito texto!
um pouquinho amargo pro gosto da sua amiga e eterna otimista sagitariana, que vê a paixão como algo viciante, talvez, mas vícios dos bons para quem sabe tomar a vida em boas doses. é um sentimento que nos leva a lugares impensados, quase sempre mais loge do qea gente esperava da gente mesmo no comecinho. e se tratada bem e talvez for do destino vira amor, que por sua vez par perdurar precias do comichão da paixão, pra não dar lugar ao tédio. paixão é renovação, vida, frescor, busca.
tomo o santo remedinho todo dia, em doses homeópáticas, ajustada a minha felicidade. me leva a sonhar com os pés no chão, mas me leva aos céus tb.
bjão
lv.u

leila saads disse...

Ô droga boa essa! Mas recomendo um periodo de purificação entre uma caixa e outra...

Flávia, só agora - meses depois - eu vi que você me repassou um selo! Eu sou super lerda com essas coisas... Mas muito obrigada - muito atrasado! AMEI!

Beijos!

Alexandre Lucio Fernandes disse...

A paixão torna as coisas mais fáceis. Tudo parece funcionar perfeitamente...

;)

Saudades extremas.

Beijocas

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Menina, é irrefutável sua comparação. Tudo encaixa perfeitamente!!!!
Muito bom este texto. Me prendeu de uma maneira.... muito bom mesmo. Vc é show!!!!!

Beijããããoooo

Ray

Unknown disse...

Sinto, mas ainda prefiro os tarja-preta. Eu estou sempre sentindo.

C. disse...

=D~~

Lucas disse...

A paixão é uma doença. Contagiosa; que se pega no ar.


Fim.
Lucas.

Lomyne disse...

Pois eis que eu acho que a paixão é o melhor vício possível...

Edna Federico disse...

É a primeira vez que leio a paixão assim e acho que você conseguiu descrever muito bem!
Beijo

Claudinha ੴ disse...

Olá Flávia! Vim conhecer seu blog, já que vamos estar juntas com Jean. Adorei.
Como farmacêutica, posso dizer do texto, como não fui eu quem fiz? Rsrs. Concordo plenamente com a idéia e com a analogia e ainda digo que existe a tal tolerância medicamentosa que pode nos levar à overdose. Mas desta overdose, eu gosto!
Beijo procê, prazer em conhecer!

R. disse...

Paixão a gente mistura com whisky, respira fundo, engole. E deixa bater. Coração disparado, pupila dilatada, boca seca. E o som. E o cheiro. E o gosto. E o cansasso. E a deprê do pós. E os riscos de overdose. Mas vale. Pela viagem vale.

Beijo

Cláudia I, Vetter disse...

Afeta a consciência, e o coração.

;)

http://riot-act.blogspot.com/search?q=conto+do+amor+maior uma evolução.

;********************************
saudade

Cláudia I, Vetter disse...

http://riot-act.blogspot.com/search?q=conto+do+amor+maior

melhor

Marcos Seiter disse...

Guria, eu sofro beneficamente de "paixonina". Bah, linda e inspiradora escrita que fez-me pensar e querer ainda mais minha paixão.

Beijos!!!


Marcos Seiter

Anônimo disse...

No fim das contas não têm nada que a gente simplesmente não consiga abandonar.
Embora eu ainda precise dos meus tarja preta, sem eles minha enxaqueca teria me matado.

Contudo o vício em paixão pode ser sintoma grave de auto flagelação, já vi diversos casos quase incuráveis.

Bruna disse...

Esse blog me cura!

Ciça. disse...

E onde eu consigo desse remédio? To precisando!

:*

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá Flávia!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não, compra-o.
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
++++++++++++
A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
++++++++++++
NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá Fláviazinha

Voê é muito bonita. Juro mesmo.

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não, compra-o.
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
++++++++++++
A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
++++++++++++
NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

Paula Calixto disse...

Rapaz... É por isso que estou me munindo periodicamente de "receitinha-azul"!kkkkkk...

Até o tratamento evoluir e migrar para uma (cura? ou, vício maior?) escala mais avançada das co-dependências-libertadoras - AMOR - vou "me drogando" lindoooooo!!!
[risos]

Beijos, gatona.

Anônimo disse...

A paixão pode ser avassaladora para quem não sabe dosá-la, mas a melhor maneira de saber realmente é experimentá-la.

beijos flávitcha!!

Inside Me disse...

tem presentinho pro espasmos lá no meu blog ^^

Jhennifer Cavassola disse...

Esse blog maravilhoso como sempre! Ótima escrita, parabéns!
A paixão depois que casein não sei mais falar muito a respeito. Quando casa é mais amor, afeto, respeito. No começo é uma coisa louca, a tarja preta rss Mas depois o que fica são outras coisas.

Fica com Deus! BOm fim de semana ;)

Ane Talita disse...

Flávia!!!

su uma eterna viciada nesse tarja-preta...

beijo, bonita

Mariliza Silva disse...

Paixão com certeza é com tarja preta.
Um perigo de superdosagem, vicia mesmo! Mas a dependência da paixão faz nosso sangue se renovar!

Beijão e some não

Mariliza

Taynar disse...

Maldita feniletinamina!

Mas é sempre assim: a droga basta para nos deixar completamente ébrios, cegos, surdos, mudos e tapados. Subitamente, quando você se dá conta de que está completamente viciado, acaba! sem mais, nem menos. Sem explicação, ou ainda aviso prévio.
É sempre assim.
Mas afinal, quem consegue resistir?
Confesso que eu não.

Obrigada pelos elogios, a recíproca é completamente verdadeira. =)
Beijos

Chantinon disse...

infelizmente perdi o post anterior :)
Paixão em doses cavalares...
É como porre, vc sempre promete que nunca mais vai beber na vida... mas todo mundo cai na tentação, again, again, again...

bjs

Gustavo Martins disse...

pqp, flavinha!
tá cobrando merchandising?
o gozão mandou o cheque?