sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Controle de Danos

"No entanto (até 'no entanto' dizia agora)
estava ali e era assim que se via.
Era dentro disso que precisava mover-se sob o risco de."

Caio Fernando Abreu - Morangos Mofados


Houve um tempo em que acreditei que todo e qualquer erro era passível de punição. Hoje sei que fui eu quem me renegou a maior parte dos perdões, embora não compreenda – ou não queira compreender – em nome de quê violentei meu direito de ser leve. O que sei é que expiei minhas culpas, as havidas e as não havidas, as tangíveis e as presumíveis, quando desisti de escarificar minha humanidade. E que ainda não aprendi a manejar com destreza nem os sentimentos, essas pulsões ininteligíveis, nem a palavra, essa lâmina expurgadora: desembainhadas, as palavras descalçam as luvas de pelica e ricocheteiam cuspindo fogo, e não é que seja essa a minha vontade - essa é a vontade do meu medo, da minha inexperiência em domá-las. O meu medo é quem cobra; eu pago seu anacrônico tributo. Talvez o que eu queira dizer é que quero dizer, sem medo ou remorso. E que não tenho a obrigação de estar certa. E que não estar certa não me faz necessariamente estar errada, e que não há culpa em deixar de pegar o desvio existente nessa rota de colisão entre coração e cérebro, como não existe culpa no assincronismo entre as intenções de ambos.

Porque mesmo que eu cuspa as palavras e com elas a minha acidez, essa que eu nem sabia que tinha, ainda assim é amor o que eu estou dizendo.

67 comentários:

Taynar disse...

O negócio é: o que é verde pra ti, pros outros, é amarelho sujo.
Infelizmente, a coisa funciona conforme o olho de quem a vê.
Ou felizmente.

Há malas que vão pra Belém, lembra?


Todos os sorrisos do dia pra vc tbm, moça.
E hoje sai a torta!

Beijos

Anônimo disse...

A gente se sente primeiro confusa de estar dividida entre razão e emoção, depois culpada. E em nenhum momento damos conta que os dois somos nós mesmos reclamando a devida atençào.

Beijinhos, querida.

CARLA ROCHA disse...

Verdades absolutas, sem medo de ser feliz! Parabéns, super texto! Grande abraço!

Tyr Quentalë disse...

E o medo deixa de existir, quando criamos coragem para dizer o que ainda não havia sido dito, deixando desta forma as almas mais leves, depois de retirar o peso que acumulávamos em nossos ombros. Não apenas um peso nosso, mas o peso de outrem que assumimos a partir do momento que começamos a nos culpar por tudo que acontece de errado.
Lembrai do ditado árabe, minha belíssima amiga e não se culpe se desejardes pegar um desvio para evitar a rota de colisão da razão e da emoção.
Pois razão e emoção, devem coexistir pacificamente.
Beijos e um dia radiante para ti.

Keila Costa disse...

Ah! O medo...esse que nos faz reprimir as palavras, ou dizê-las tão bem conformadas...Ah! A ousadia...sem freio, punhal...tem algo aí bem no meio do medo e da coragem, tão sutil...perceptível? Talvez...

Anônimo disse...

O medo é um grande castrador, Flavinha.

Beijo e bom final de semana

Rodrigo Carreiro disse...

Toda forma de amor é possível e válida
;p

Rica Retamal disse...

O melhor da vida esta em cair e chorar... sorrir e levantar...
E assim vamos adiante, sem aquela obrigação de ser sempre feliz.

whiteposernigga disse...

Sempre penso se é verdade o que dizem...

"O amor é simples, a gente é que complica as coisas."

Droga, to no grupo dos que complicam...

Bom final de semana!
Beijos girl.

Flávia disse...

TAYNAR,

Lembro :)
Hoje sai a torta, sim! Vamos adoçar a boca com doces, e a vida com uns sorrisos - que a gente merece. Beijos!

MI,

Ou se dá conta tarde demais, depois que se acostumou a ignorar os próprios sinais. Beijos, querida :)

CARLA,

Outro, moça, e bem vinda! Beijos!

TYR,

O ditado árabe tá aqui, guardadinho na minha cabeça. Criou raízes... mais uma vez, obrigada por compartilhá-lo comigo, pelo bom ouvido e pela amizade. conte comigo sempre. Beijos!

KEILA, PATI,

uma vez me disseram que o medo é um grito do subconsciente ao enxergar aquilo que nos é nocivo, antes que nossa percepção prática possa fazê-lo. Confesso que não sei muito bem como lidar com ele. ando me castrando quando não devia, e o inverso tb é verdadeiro. Beijos!

RODRIGO,

Sei lá, cara... sou OBRIGADA a discordar de vc, mas espero que vc me convença do contrário, rs. Beijos!

RICARDO,

Sem obrigação de ser feliz, e sem dias moribundos - tá vendo? Não esqueço :)
Beijos, moço.

WHITEPOSERNIGGA,

Hahahaha! Pra te falar a verdade, eu nem sei em que grupo estou - isso é bom ou é ruim? Beijão!

Ruberto Palazo disse...

A vida é mesmo um emaranhado de fatos, sentimentos, decisões, escolhas, dores, alegrias e nessa teia enorme tentamos buscar explicação para o inexplicável. As vezes dá vontade de explodir tudo e recomeçar, mas ai tem que catar todas as partes e muitas podem se perder. Mente e coração travam uma batalha milenar em que o vencedor de um dia, pode ser o vencido do dia seguinte por que ambos nao sobrevivem sozinhos, ambos vivem em comunhao do choque continuo...

Mas seja cuspindo ou declamando, o que importa é viver o amor...

Beijos

Ocorrências cotidianas... disse...

adorei o seu blog. e o texto de hj me fez refleti sobre qtas coisas tenho q por pra fora,junto com minha acidez e aspereza!

Renata Silva disse...

Deixa de ser confusa...
Vai lá e coloca o pé na jaca, sem medo.

Bjs

Anônimo disse...

Medo... Que bicho é esse que insiste em castrar nossa necessidade mais básica: A de se deixar sentir e mostrar pro outros qm realmente somos...?
Flavinha, viraste minha leitura quase que diária. E hoje não sabia o que estava melhor: teu texto ou a citação de um de meus autores prediletos.
bjo

Daniel Salles disse...

"...nem os sentimentos, essas pulsões ininteligíveis, nem a palavra, essa lâmina expurgadora..."

Fino, como de costume! Depois desse trecho, não tem nem o que comentar...

Beijos!

Cara de 30 disse...

Sua acidez e aspereza são suas defesas contra as coisas que lhe parecem fazer mal. Resta decidir - e, sem sombra de dúvidas, isso é o mais difícil - se você deve realmente ativar essas defesas ou se deve deixá-las inativas.

É importante também saber direcionar essas defesas - ou seja, em quem você vai descontar seus insabores. Isso também é complicado e, por exemplo, eu sempre erro a mão com relação a isso. Acaba sobrando pra todo mundo que cruzar o meu caminho...

Somos humanos, certo? Então nos dê um desconto! :)

Gustavo Martins disse...

pega a metralhadora e cospe tudo, arrebenta tudo com o que vc tem a dizer. no que a gente leu, vc assume sua temperança (de comedida) involuntária.

pega o porrete e descasca na cabheça de todo mundo, flávia. vc não precisa mais agradar.

*** Cris *** disse...

Se é amor o que vc tá dizendo,então não importa o estilo,será sublime!
Um abraço!

Mariana disse...

Bom.. esse é o mundo humanóide...


beijos

Kari disse...

O final foi maravilhoso!!!!
Amei!!!!

Beijão pra tu

Edna Federico disse...

A vida é um eterno aprendizado, minha cara!
Beijo

Janaína S. disse...

é amor sempre, apesar de todos os 'apesares'!

ah, e eu também queria saber pq o vazio precisa doer...
Se eu descobrir, te conto ;)

ameei o trecho do Caio! Fã dele.

beeijo :*
Obg pela visita!
volte mais vezes :D

*Raíssa disse...

Medo de errar, isto é horrível. Eu detesto errar, principalmente quando prejudico muito a minha vida e os outros. Meio que não admito a mim mesma errar em certas situações. Mas na vida é preciso correr alguns riscos pra tentar ser feliz, não é?

Beijos!

Flávia disse...

PAVÓN,

É a contínua revisitação da interminável batalha dos vermelhos contra os azuis, hermano meu...

OCORRÊNCIAS COTIDIANAS,

Opa, mãos à obra, flor. Como cantou Cazuza, "o tempo não pára".

RENATA,

É só o que tenho feito. Imagina a trabalheira pra limpar tudo depois...

ELLA,

Ô, menina... que delícia ler isso que vc escreveu. Baita incentivo, mesmo. Brigadão!

DANIEL,

Adorei o 'fino, como de costume', rs.

CARA DE 30,

dou :)

GUSTAVO,

A temperança nunca me desagradou. Gosto dela. Involuntária não é a temperança, mas a passividade. São coisas diferentes e não mutuamente excludentes. Dá pra ser ponderado sem ser passivo. E vc tem razão: eu não preciso mais agradar. Nem quero.

CRIS,

Outro abraço, moça!

MARIANA,

Mundinho meio sem-vergonha, mas fazer o quê...

KARI,

Maravilha maior é quando a gente consegue se fazer entender, né?

EDNA,

Verdade, querida. Verdade...

JANAÍNA,

Volto sim, e te espero por aqui também :)

RAÍSSA,

Lindinha, vai por mim: errar não é assim tão ruim. Ruim é a gente não se dar esse direito, ou pra não magoar alguém, ou pra insistir num ideal de perfeição que é impossível de atingir. Relaxe :)

Beijos a todos!

Anônimo disse...

Belíssimo texto!

Sim, é amor o que você diz.

E também é amor o que diz você!


Abraços, flores, estrelas..

KImdaMagna disse...

Quem sabe se não é a Acidez que balança, tempera, os nossos recônditos...
Na salada da Vida convém ter todos os temperos ,debaixo de olho...

xaxuaxo

Marguerita disse...

Flavinha!

Que maravilhoso este teu texto.
Faz 1 semana qu quero escrever algo relacionado a este tema e estou travada! E me senti realizada com as tuas palavras, com a exposição destes sentimentos.

Somos juízes impiedosos quando se trata de nós mesmos.

Beijos, ótimo findi.
Rita.

http://extremepowerofperucation.blogspot.com/

Filipe Garcia disse...

Oi Flavinha,

encontrar um conforto pras nossas aflições é o melhor caminho. Fui cúmplice desse seu texto, me enxerguei em cada linha. Sou exatamente assim: escravo da minha culpa de não ter feito tudo certo. É caminho de todos, eu acho. E não pesa também essa dose de sofrimento que engolimos diariamente. É nossa insistência em sermos excelentes em tudo; semi-deuses.

Texto filosófico, poético e, como não poderia deixar de ser, incrivelmente bem escrito.

Beijo.

.raphael. disse...

Flavinha!! Qt tempo não comento aqui, mas sempre leio! :)
Se eu fosse músico eu musicava a ultima frase do texto! Bonito demais!!

Beijaooo

Ariana Luz disse...

ai, sabe de uma coisa..nem só de primaveras vive o homem..e ás vezes o amor parece sim que vem dum dissabor ácido!..nossa, tbm me identifiquei com teu texto..ih jura que vc TBM gosta do Caio Fernando Abreu?rsrsr..li um tempinho desse morangos mofados, amei!!(amaste..amamos).

flores

Marcos Seiter disse...

Eu sou gamadão neste tipo de amor!!!

Um bom finde minha querida!!!


Marcos Seiter

Anônimo disse...

Flá,
você é o amor em forma de gente. Já te disse?
Não há nada que vc faça, ou diga, ou sinta que se afaste disso, desse sentimento.

Felizes os contemplados, os que aceitam e escolhem ser felizes assim, pertinho de você. Ao contrário, se não percebem, é mesmo ótimo que tenham a própria presença exterminada da tua volta.

Eu sou feliz! Nem sei o se faz de mim longe do teu amor assim...
Minha irmã-amiga-metade-inteira,
meu beijo!

Germano Viana Xavier disse...

culpa nasceu de adão
e eva nos deu o amor
culpa tenho culpa temos
e temos palavras e temos
um mundo teimoso
e teimamos
teimamos
teimamos...

um carinho, Flávia.
continuemos...

Anônimo disse...

Eu, passional total, escuto mais as vozes vindas do coração... Mas volta e meia, a cabeça vêm e diz, "te acalma magrelo! Para e pensa". No final das contas, emoção e razão se completam! Bjus e bfs.

http://so-pensando.blogspot.com

Nadezhda disse...

Sempre pensoi coisas e digos palavras ásperas sobre o amor. Mas na maioria das vezes é tentativa para ficar mais próxima.

;)

Ana Zumpano disse...

obrigada pela visita querida...
por aqui, tenho muito pra ler ainda, mas confesso que me enxergo a cada momento, belas palavras, belas e fortes!
estou de casa nova... espero visita sua! beijos ;*

OAlbergueiro disse...

e que sempre prevaleça o amor...nas palavras e nos atos...sempre...

Robson Schneider disse...

Hoje estou tentando me arrepender apenas daquilo que de fato preciso...Já me arrependi de culpas minhas e de todos que transitaram por minha vida, no final me vi um bode expiatório em potencial e não foi bom.
Também não me explico tanto como antes, e o silencio as vezes se torna um cúmplice dos mais fiéis, e me oferece outra Possibilidade...o benefício da dúvida.
Beijo moça

Anônimo disse...

Me identifiquei tanto, Flávia.
Especialmente hoje. Momento de abandonar as culpas vãs.

super beijos.

Ane Talita disse...

Meu Deus!

vou pensar nesse teu texto por um bom tempo, quarida!

foda!

=)

Mai disse...

Que maravilha de texto, Flavinha! Tenho uma outra opinião: Não me pareceu ser metralhadora que cospe... As metralhadoras são automáticas...
Neste texto que Percebo não como simples conjunto de "palavras" vazias... automaticas, defensivas...
Porém muito mais.
É linguagem "sofrida". Que resulta de um "PENSAR"...
Lindo!
Não creio em decisões, mas em ESCOLHAS Situacionais.Se somos Responsáveis? Sim.
Sempre seremos responsáveis por nossas escolhas.
As certas e erradas.
Claras e Obscuras.
Nítidas e Opacas.
Fáceis e Difíceis.
Diferenciadas e Manipuladas.
Prazerosas e Angustiantes.
E se assim o são, sempre poderemos:
Ser "E" Não Ser...Doce E Ácida...Luz "E" Escuridão...
Amar "E" não Amar...
Som "E" Silêncio.
Mas sobre estes últimos, peço, não silencie nunca,Flavinha, o seu verbo é mais "E" Mais....
É Múltiplo "E" Ímpar...
E "Sabe de uma Coisa" Flá,...:)
Aqui você se Afirma Singular, em sua Pluralidade...
Este texto é um Presente.
Carinho.

meus instantes e momentos disse...

muito bom, como sempre. Tenha um domingo feliz.
Maurizio

Tania Capel disse...

o importante é PERMITIR-SE!
um beijo e bom domingo!

Paula Calixto disse...

A gente também deve ter o direito de ser pesada!

O que importa é o lidar com isso e aquilo.

Beijos, lindona.

Unknown disse...

Poxa, isto que é depoimento...gostei.
Abraços

Cynthia Vieira disse...

Olá Flávia,

Passo aqui de vez em quando por indicação de uma amiga.
Não é a primeira vez que seus textos me tocam...
Dessa vez não deu, não resisti em parabenizá-la.
Suas palavras são simplismente belas.

Abraços,

Cynthia

Zunnnn disse...

vou te linkar no meu blog

abraço

Bill Falcão disse...

Enquanto alguns são impiedosos com suas próprias ações, outros sempre acreditam que os erros são cometidos apenas pelos primeiros.
Bjoooooooooo!!!!!!!!!

C. disse...

parece que tu me rasga e então me traduz.

Menina da Imprensa disse...

...é que tudo depende do tom, eu acho. E também da dose. Acidez, em dose homeopática também é amor! A minha, mesmo em dose mínima, foi mal interpretada...

Kisses

Unknown disse...

sentir primeiro, pensar depois.

Talita Corrêa disse...

Flá..
Sei bem como está. Amor? Eu choro todos os dias pelo meu.

Bjs

Anônimo disse...

Oi Flávia! Vc me fez lembrar a música Medo (Lenine).

"Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá!"

Um abraço!

Sara
Fortaleza-Ce

Anônimo disse...
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Marguerita disse...

;)

Sunflower disse...

*func*func*

Mifafum, mim cheirar um tiquinho de tristeza.

Que houve?

Te encontro no msn.

beijas.

Flávia disse...

Pessoas queridas, muito obrigada pelos comentários, pelas visitas, pelo carinho... interessante perceber, de novo, a tal da identificação de alguns com esse texto e, por tabela, com o meu momento tb. E uma delícia perceber, ainda, a preocupação, a amizade, o cuidado que recebo aqui, em forma de palavras - que para alguns podem ser pouco mas para mim são muito, porque as recebo impregnadas do carinho de quem as escreve aqui.

Aos visitantes novos, sejam bem vindos nesse espaço que é de todos nós. Aos amigos, mais uma vez, obrigada pela companhia!!! E Sun, pelo visto a recíproca do conhecer pelas entrelinhas é verdadeira - nos encontramos no MSN, sim, e te conto o que se passa por essas bandas de cá...

Beijos!

Flávia disse...

Ah, sim, recado especial para a dona Sara: adoro essa música que vc deixou aí! E caso volte - fica aqui o convite, adoraria se o aceitasse - deixe um e-mail pra eu poder te fazer uns agrados também.

Beijos e lembranças minhas aí pro Ceará :)

.a nega do neguinho. disse...

TA chegando mesmooo flaaaa!!
cada dia sonho com uma cosia diferente, pense numa noiva surtada...
Pensou?
ta aki ó!!!



Bjuuu gatonaaa..
saudade daki!

Anônimo disse...

Ô meu peito ofegante, responde à flávia que ela insiste em te fazer bater...

;,)

Fábio Vanzo disse...

Que gostoso vir aqui depois de tanto tempo e me deparar, logo de cara, com "Morangos Mofados". Quanto ao texto, são verdadeiros "beijos de arame farpado".

Beijos.

Anônimo disse...

Ainda com medo, é amor o que vc sente. Ainda ácido o que vc cospe, é doce o que vc engole.

beijos,

bete disse...

esse processo de a gente aprender a ser a gente mesmo, com todas as nossas idiossincrasias é dolorido mesmo, mas nad é mais libertador.
saber dizer e saber calar. mesmo o que machuca.

Tyr Quentalë disse...

Não lerei os comentários, não antes que deixe minhas palavras para ti.
Muitas vezes nos preocupamos, nos colocamos no lugar de outrem e nos sacrificamos para que as pessoas não sofram com a dor e a tristeza que a elas estava destinadas. Muitas vezes nos tornamos superprotetores e as pessoas não compreendem porque fazemos ou deixamos de fazer isso, não compreendem nossas dores, nossa lágrimas e tão pouco se importam que somos nós que sofremos por elas e não ao contrário. Sabes o que conversei contigo naquele dia, ainda continua valendo.
Saibas que egoisticamente precisamos às vezes prezar apenas por nós mesmos, pois se não fizemros por nós, que há de fazer, logo, para controlar melhor os Danos, trate com carinho e amor de ti, para depois tratar com carin ho e amor os demais.
Beijos e abraços apertados, de quem vc pode buscar sempre que precisar.

Jana Lauxen disse...

Fantástico!

Jana Lauxen disse...

“Porque mesmo que eu cuspa as palavras e com elas a minha acidez, essa que eu nem sabia que tinha, ainda assim é amor o que eu estou dizendo”.

Putz.
Que lindo isso.