sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Última.

Quando o que não se diz é o que fala mais alto.

Soundtrack: Noa - Eye in the Sky



Eu gostaria que esta fosse uma carta de amor. Gostaria de te escrever para contar da minha vida; para dizer que ontem entrei naquela velha loja de discos – aquela ao lado da padaria onde compraríamos pães de queijo e biscoitos de nata nas manhãs de sábado e domingo – e ouvi incontáveis vezes a música que escutaríamos juntos e que talvez embalasse nosso sono, nossas tardes de preguiça fazendo nada, fazendo tudo. Ou para dizer que, entre duas páginas do meu livro preferido, pude ver – em meio aos parágrafos e aos hiatos brancos, tímidos, do papel escorregado sob a negra tinta – as entradas do filme a que assistiríamos na noite em que o carro pifaria sem gasolina na esquina da tua rua e caminharíamos até a tua casa debaixo de chuva, de mãos dadas e rindo, brincando de chutar as poças de água, e estaria frio, muito frio, e nos aqueceríamos entre beijos macios e lençóis quentes, entre beijos quentes e lençóis macios. Para, talvez, te contar do meu emprego novo ou que me mudei outra vez – agora para a tal casinha pequena por fora e grande por dentro, com teto alto e janelões azuis encimando as jardineiras, do jeito que eu sempre quis – e que os móveis, surpreendentemente, chegaram na data prevista, uma segunda-feira, e que não precisei passar o resto da semana fazendo as refeições numa lanchonete embora não goste de cozinhar somente para mim.

Eu talvez te contasse que o cachorro enfim desistiu de esconder os chinelos inadvertidamente esquecidos pela casa e que, finalmente, as roseiras que plantei me deram alguns botões de rosa; vi essa manhã que haviam nascido, quem sabe se encorajem e virem flor – nunca soube quanto tempo levam para desabrochar, não sei se um dia ou dois, ou mais. Ou que o carteiro continua entregando minha correspondência na casa do vizinho – mesmo em novo endereço, algumas coisas nunca mudam. Ou que o médico indicado, naquele churrasco, pelo rapaz de óculos com cara de adolescente cujo nome não me recordo acertou em cheio no tratamento da minha insônia embora não seja neurologista ou psiquiatra, e sim cardiologista, e que não bebo mais tanto café. Ou que ganhei uma festa surpresa no meu último aniversário com direito ao bolo de nozes de que tanto gosto e velas assopradas num só fôlego depois de fazer um pedido, que não posso contar ou não se realiza e que eu, que tanto gosto de bolo de nozes mas não como doces, saí da dieta porque seria uma tremenda indelicadeza não provar um pedaço do meu próprio bolo de aniversário.

E nem sei quantas outras banalidades eu contaria; só sei que gostaria de não estar chorando dessa maneira enquanto te escrevo esta carta. E te escrever esta carta é tão doído porque, mesmo não sendo uma carta de amor, não deixa de sê-lo – e eu, que tanto te amei, e talvez siga te amando enquanto viver apesar de todos os amores que ainda virão, nem melhores nem piores, apenas outros amores com outras músicas e filmes e livros, e outras lembranças e nomes, gostaria de te pedir “fica”, mas não o farei. Eu gostaria que esta fosse uma carta de amor, mas esta carta – que nunca vais ler, pois a escrevo muito mais em mim do que para ti – é a maneira que encontrei de me despedir da parte tua que permanece comigo, pois nunca deixei que partisses completamente. E, agora, preciso que vás. Eu abdico do futuro que jamais teremos em nome de um presente que é apenas meu. A tua história já não cabe na minha; a minha história precisa voltar a caber em mim. Esta é a última carta de todas aquelas que nunca te enviei e que nunca lerás, a não ser no meu silêncio e nessa distância continental que se inscreve entre o que nunca nos dissemos, entre o que nunca faremos. Preciso que vás; eu fico – e, de certa forma, em outra direção, eu vou também.


______________

Um pequeno P.S. para o Sr. Anônimo que, nos comentários do post anterior, declarou que me adora mesmo com tudo que vem na mala (e eu espero que a "mala" não seja eu): a mesma curiosidade que matou o gato pode, fácil fácil, matar uma blogueira sem poderes adivinhatórios. Que tal voltar e revelar pra nós sua identidade secreta, hein? ;)

Ótimo fim de semana pra todo mundo!

E Edu, obrigada pela música :)


64 comentários:

Van disse...

Lindo, amore!
Sempre em direções melhores, twin.
Amar sempre nos leva além.
Ficam as cartas. Fica a memória.
Fica o coração, pronto pra começar tudo denovo. E ainda cabe muuuito no teu! Pode apostar!
Perfeita, como sempre.
Beijucas

Anônimo disse...

O amor é o leme que nos guia... Sempre pra direções melhores e interessantes. Bjus.

http://so-pensando.blogspot.com

Krika disse...

Nossa, excelente seus textos, tudo q eu gosto...Linkado

Anônimo disse...

Amo o que você escreve, tão suave, tão suave, tão suave, poderia lotar esse comentario de suavidade para compensar a que sinto quando leio, quando ouço as musicas que acompanham.
Triste carta, linda carta, as vezes precisamos arrancar alguns sentimentos à fora, pelo nosso eu, pela nossa paz!
:)

Beijos lindona

Jaqueline Lima disse...

Nossa, linda a história, a carta. E por mais ficção que seja, já aconteceu comigo, já escrevi cartas que nunca entreguei. Esperei, me mudei, esperei mais um pouco e ele voltou. Talvez tenha desvendado o meu silêncio, descoberto o segredo, que por mais que eu tentasse guardar, ele descobriu. Voltou, e agora o meu presente, vive a espera de um futuro...

Beijos, sempre maravilhoso esse blog!

raai. disse...

talvez se a pessoa que seria o destinatário lesse, você corresse um sério risco de ao invés dela ir, ela ficar.

Talvez seja o que no fundo no fundo você quer, ou o que no fundo no fundo você quer mas sabe que mesmo acontecendo tudo voltaria a ser como antes, do jeito que não era :~


;**

e você escreve cartas muito bem, independente se for pra ir ou pra ficar

Anônimo disse...

Podam-se as rosas para que elas passem melhor pelo inverno.

Edna Federico disse...

Um dia também quis escrever uma carta assim...e quem já não quis, não é mesmo?
Perfeito, Flavinha!
Beijo

Dark Side disse...

curioso como pessoas tão distantes podem se identificar exatamente com as mesmas coisas... deve haver realmente um incosciente coletivo para reforçar esta empatia toda...

ótimo texto. beijos.

Flávia disse...

VAN,

Cabe, sim. Aqui, sempre cabe mais :)

DANIEL,

Amém, querido.

CRIS,

Obrigada, moça!

DAZINHA,

Seu comentário me lembrou o versinho do Vinícius: é preciso um bocado de tristeza senão não se faz um samba, não... e não é que é assim?

JAQUE,

Fico feliz em saber disso =D

RAAI,

Danadinha! De onde vc tira essas idéias, hein? ;)

QUIXOTESCO,

E o inverno passa. Ah, se passa.

EDNA, THOR,

Pois é, as pessoas são mais parecidas do que pensam. Não sei se há mesmo um inconsciente coletivo regendo essas semelhanças... talvez essas identificações surjam porque, no fundo, todos nós buscamos a mesma coisa - felicidade - e encontremos as mesmas dificuldades para chegar até ela. Não é fácil, mas a gente não desiste.

Beijos!

Luiz Calcagno disse...

Como é mesmo aquela poesia? "Todas as cartas de amor..." deixa pra lá. Só queria dizer que mais uma vez adorei teu texto e sua maneira de escrever. O final, rápido e lacerante foi de um contraste grande. Falei bonito agora (risos). A história lá no Casa não é verdadeira. Mas tive que imaginar tudo tim-tim por tim-tim, o que foi bem doído, confesso. Cuide-se. Abraço forte

Rica Retamal disse...

É impressionante como consegues criar tão bem um universo inteiro dentro de teus textos e transmiti-lo de maneira tão real que parece que estou vivendo ... Lindo demais!

Sabe de uma coisa?
Sou cada vez mais teu fã! :D

Beijos, moça.

Kari disse...

Sim sim! As cartas que nunca serão lidas são escritas muito mais pra gente do que para o destinatário...

E essa carta de despedida, não deixa de ser uma carta de amor. Afinal, cartas de amor não precisam de final feliz, precisam apesar de amor. Isso já a faz especial.

Beijão pra tu!

Kari disse...

Sim sim! As cartas que nunca serão lidas são escritas muito mais pra gente do que para o destinatário...

E essa carta de despedida, não deixa de ser uma carta de amor. Afinal, cartas de amor não precisam de final feliz, precisam apesar de amor. Isso já a faz especial.

Beijão pra tu!

Rodrigo Carreiro disse...

Cartas de amor são bregas, assim com o o próprio amor.
eu sou brega.

*Raíssa disse...

O pretérito imperfeito dói mais que o perfeito, o que poderia ter sido mas não foi. Lindo o texto, Flá! A música está bem de acordo também, gostei muito!

Beijos

Belarmino disse...

É Flavinha, fiquei um tempo sem passar aqui por pura falta de tempo, mas vejo que você por incrível que pareça, sempre consegue melhorar seus textos. Esse por exemplo está MARAVILHOSO eu até via em minha mente as imagens que você gostaria de contar para alguém. Aliás é tão bom ter alguém para contar banalidades né?

Ahhh visite meu blog, mais um, que eu estou sozinho escrevendo talvez, quem sabe, contos que um dia chegarão perto dos seus e ou talvez sentimentos que eu tenho por uma garota.

http://euracho.blogspot.com

Beijão Flavinha

Anônimo disse...

Mais um texto impressionante... vc tem uma incrível capacidade de colocar sentimentos (mesmo os não vividos)em palavras!! Parabéns Flavinha!

Beijos!

Anônimo disse...

Mais um texto impressionante... vc tem uma incrível capacidade de colocar sentimentos (mesmo os não vividos)em palavras!! Parabéns Flavinha!

Beijos!

Anônimo disse...

Espero que não tenha sido a última.

Beijo Flávia

Márcio Ahimsa disse...

...e essa ficção que mais parece um pouco do frio que sinto, que mais parece um sopro do vento que vem de algum lugar e que me traz um recado me dizendo que posso criar mais ânimo. Sabe, às vezes, essas histórias se recriam em mim, alçam voo e vão bater n`alguns corações, até mesmo no meu. E quando elas batem em mim, dá uma vontade de ficar, dá uma vontade de dizer ao vento que me leve para lá, nesse mundo mágico onde são criadas.

Amei, belo como tudo em você.

Anônimo disse...

Ei, Flá

O mais bonito em duas pessoas, antes juntas, agora caminhando em direções distintas é que o horizonte ganha função de cenário principal. E ele se estende, estende, estende... Até ampliar a visão. E outras cores vão chegando, outros sons. Os sonhos.
Há muito mais presença e proximidade nos sentimentos do que a vã geografia afirma fisicamente.

O texto tá lindo, a versão da música também. Lindos como você.

Meu beijo e o amor de sempre.

Junkie Careta disse...

Nossa Flavia...
Eu tô aqui do outro lado com os pulsos latejando de dor depois de ler seu sentimento exposto...
Estou sinceramente comovido...especialmente com a parte final do seu texto. Me lembrei de "para uma avenca partindo" de Caio F.

Tomara que vc aprenda a lidar com isso o mais cedo possível. Sei exatamente como vc se sente agora.

Acabei de escrever isso pra alguém, mas , como é a mais pura verdade, repito aqui pra vc:
Pra não enlouquecer eu toco, canto, componho,escrevo. A arte ainda é esse way out que nos resta. Sobretudo, pra quem ama as letras como eu e você.

Nessa tentativa, transformei em letra meu último delírio.Quando vc tiver um tempinho, te convido pra passar no Spleen rosa-chumbo. Nesse último post, eu falo dos limites entre o real e o imaginário no mundo virtual, falo sobre sentir-se íntimo de alguém pelo que ela escreve,especialmente aqui na blogesfera.E olha que me senti bem íntimo seu pela empatia com o que vi aqui.

Obrigado por ter lido seu texto. Eu estava precisando.

Grande abraço

Fátima disse...

cartas não entregues, são como amores não declarados.
Ainda que escrevamos só para desabafar, aquela coisa que colocar no papel para ver se alivia... é triste. Sempre é, ou pelo menos eu sempre acho... hehe.

Beijos.

Dexter disse...

Flávia, Flávia...
Acho que vou parar de visitar o seu blog.
Estou ficando apaixonado por você.
Textos sempre lindos.

Beijos!

EVD - off-life disse...

se eu leio isso e respiro,as lagrimas correm...

deve ser porque tantas cartas dessas escrevi,e enviei,mas nenhuma delas teve resposta.....................


magnifico ler seus textos,e mtas vezes me ver neles...como duas musicas que soam parecidas...mas que os compositores nem se conhecem...

bjao proc viu...adoro...dmais o q tu escreve...

evd

Altavolt disse...

Flavinha, uma carta com esse teor não pode sequer ser comentada, apenas sentida. Só sei que me arrepiei muito, sem saber ao certo o motivo. Lindo demais, doído demais, lúcido demais...Grande beijo e ótimo FDS!!!

Grã disse...

É triste ser última, mesmo carta de amor, carta triste de amor, carta de um amor triste,,,
É triste "a última"... um compromisso com o nunca mais...
Virar as costa e se ir...
é triste, independente de o que está se deixando.
Não virar, não voltar... Não.
O NÃO é triste
Como triste é tudo que não acontece... tudo que nos fica remoendo a idéia...
que vira sonho... vira sorriso... vira cheiro, gosto, tato... mas não acontece.
Não se sabe se é... se seria, mas... não será!
Não... triste.
Pensar no que se ia fazer... todas as banalidades que só a vida no amor nos permite...
Não...
Não mais.
Voltar ao lado sério da vida,
ao lado escuro da lua,
ao lado cheio da rua,
Voltar a ser mais um...
não mais aquele único ser
que mobilizava aquele outro único ser!
Não mais ter prá quem correr,
mesmo que fosse em pensamento.
Ah se esse amor nascesse!
Mas não... nem todos os corações fecundados dão a luz!

Tá-tum, baby!

Fred Matos disse...

Belíssimo texto, Flávia. Tão bom que eu sinto pena de não deixar um comentário mais decente. Pensei deixar um poema meu que o texto me fez recordar, cujo título é “Quando virou borboleta”, mas achei melhor que não porque o seu texto é bem mais bonito e eu sairia perdendo na comparação. Sabe uma coisa?: virei fã.
Beijos.

Unknown disse...

Ai que lindoo amei!!!
mesmo mesmo, perfeito!

então né, "Tia Flá" hauahauahauahaua, tava feliz da vida se o garoto não fosse invenção minha, ai como eu queria um pra mim!.

ahauahauahauahauahaua ;D

valeu a visita.
beeijokas!

Anônimo disse...

continuando...

até que chega o fim do verão, naquele mês menor, e os horizontes se cruzam geograficamente, e os corpos se formam num.
todos as cores e sons se juntam e tudo se completa.

aiiiin...
meu beijo de novo.

Flávia disse...

CALCAGNO,

O conto no Casa ficou absurdamente perfeito. Senti ao ler todo esse dolorimento que vc sentiu ao escrevê-lo... acho que é assim que reconhecemos as grandes obras :)

RICARDO, FRED, VINÍCIUS, EVD, RAÍSSA,

Muito obrigada, queridos! =)

KARI,

Onde é que eu assino embaixo?

CARREIRO,

Somos dois!

PAULO,

Ah, rapaz... preferia que não, mas tenho minhas dúvidas...

PATI,

Fiquei aqui pensando no escrever... mas vc sabe. Vc sempre sabe, mesmo que eu não diga.
O que seria de mim sem vc, hein?
Amo infinito. Sempre.

JUNKIE CARETA,

Pois é, escrever é realmente uma cartarse... a gente acaba liberando da melhor forma possível o que fica pulsando desordenado pra sair. Sentimentos sempre são difíceis de lidar, talvez seja um aprendizado apenas para alguns - outros, como vc e eu, nunca se adaptam à modulação deles.
Passando pra ler seu texto, estou com saudades dos teus escritos - igualmente, sempre que os leio percebo que me caem como uma luva :)

CHARLOTTE,

É triste, sim. Mas às vezes a trsiteza é inevitável e necessárioa como um rito de passagem - acaba engrandecendo e amadurecendo...

RIC@RDO,

Ué, vai fugir de mim?! =D

ALTA,

Lúcido demais talvez seja a descrição perfeita, sabe? Embora 'doído demais' também se aplique :)

GRÃ,

Vc voltou!! \o/

DUUH,

Ó, então quando esse garotinho passar existir, avise que ele tem que pedir permissão da tia aqui, viu? ;)


Beijos a todos e ótimo FDS!

Hebertt disse...

Muito bom o seu post gostei muito, passou muito sentimento para mim parabéns às vezes e necessário nos afastarmos das pessoas que gostamos não é? O titulo então e maravilhoso “a ultima “ encaixa perfeitamente na carta meus parabéns mesmo . Alias seu flog e muito bom e você muito bem.

Ana Luísa disse...

Mto lindo.
Siga a sua direção.
Ela sempre será a correta.
;D

Ana Luísa disse...

Mto lindo.
Siga a sua direção.
Ela sempre será a correta.
;D

Monday disse...

andar na chuva de mãos dadas, casa de janelões azuis sobre jardineiras, móveis na segunda-feira ... prazeres deliciosos, vividos ou sonhados, e um ótimo gosto para mobília ...

Cara de 30 disse...

O que comentar depois de ler sua carta? Não sei... Fiquei sem palavras, sem ações, sem pensamentos... Fique sem. E é justamente assim que as pessoas ficam logo que separações acontecem.

É difícil reencontrar o caminho mas quando isso acontece esse novo caminho pode se mostrar melhor do que o original... Este é o meu caso. Espero que seja o seu também. :)

Parabéns pelo texto e tenha um bom final de semana.

Anônimo disse...

Tem texto meu no Ménage. Bjus e bfs.

http://textoaatres.blogspot.com

http://so-pensando.blogspot.com

Flávia disse...

HEBERTT,

Às vezes é necessário sim. E não é fácil.

ANA LU,

Sem dúvida, mocinha :)

MONDAY,

Não só para mobília ;)

CARA DE 30,

Pois é, mas nesse caso não há uma separação porque nem havia o que separar. Era um sonho, acho. Uma hora a gente acorda, nem que precise cair da cama pra isso.

GIIU,

Opa, muito obrigada por lembrar daqui! Tô passando pra ver direitinho :)

DANIEL,

Pra vc tb, rapaz!


Beijos a todos!

Jacinta Dantas disse...

Pux! agora que nos encontrams você diz que está se despedindo. Ah! eu quero mais.
Vê se volta logo.
Beijos

Sunflower disse...

QUEEEEEEEEEEEEEEEEEE?

vim comentar esse post, mas estou chocada com o post acima.

Beijas

D.Ramírez disse...

Comentando a postagem de cima, pq nao vi como comentar lá.
Primeiro para parabenizar pelo aniversário do blog, sei o quanto é gratificante, pois eu até com um mês comemorei..imagina ter um blog como o seu com tantas jornadas , amizades e tudo o mais!!!!! Espero chegar aqte aqui..rs e depois o comentário maior que vc nem seria louca de nao postar mais, ou acabar com isso aqui!!!!! rsrs
JAMAIS!!!! Pelo contrário..quero estar sempre aqui, pq adoro e tenho certeza ano que vem terá muito mais coisas interessantes aqui.
Adoro isso aqui, não me deixe sem ele.
Feliz 2009 Inteiro cheio de milhoes de mais coisas que vc já tem.
Besos

Anônimo disse...

Oi, Flavinha.
Já li o ~ultimo texto teu, onde te despedes, até segunda ordem.
Olha, meu bem, quero que o universo responda a todas as tuas aspirações, te conserve assim como és, e que todos os projetos que estão em andamento sejam pleno sucesso.
Foi um imenso prazer ter te conhecido, e quando tudo estiver no seu devido lugar, e sobrar um tempinho, volte. Estaremos todos te esperando, para retomarmos as conversas.
E essa carta que escreveste eu classifico como um retorno a ti mesma, não uma despedida. A pessoa que a receberia já foi, há tempos, ou melhor, acho que nem esteve.
Terá seu lugarzinho aí no seu peito, mas a vida pede licença e já é hora de retomar a lida.
É assim que as coisas são e é assim de devemos agir.
E agora já vou indo, Flavinha.
Um grande beijo no seu coração, Feliz Natal e Boas Festas de final de ano.
Sucesso, minha querida.
Tchau.

Mariana disse...

Oi Flavinha... te conheço tão poquinho perto destes 365 dias de postagem....

o meu blog tá com quase um aninho, também...

Acho que imagino como se sente com ele...

Que seus sonhos e projetos se concretizem todos com muitaa muita muita muita gloria!!

Beijos em ti...

msn: maryytz@hotmail.com add!

Anônimo disse...

Ô Flavinha,
você sabe que esta sua carta retrata também gestos e uma sinceridade admirável? Acho que existem muitos outros sentimentos aí, além do amor. Emoções imensas que precisavam ser ditas. Acho que só esse fato já é como um poema. Uma entrega literária que deveria ser lida pelo sujeito em questão.

Agora, comentando o post acima; se dê todo o tempo do mundo para cuidar de você e das suas coisas. Porque dá para ver nesse texto também, outra coisa muito bonita: amor próprio!

Um beijo!

Flávia disse...

JACINTA, RAMÍREZ,

Mas não estou me despedindo não! Vou continuar passando pra visitar os amigos (e isso os inclui). Não é tão fácil assim se livrar de mim ;)

SUNNY,

Te conto os detalhes tintim por tintim...

ELIANE,

Parece que vc lê a minha alma. Não sei se sou em quem se deixa ver assim, ou se é vc quem realmente tem uma percepção aguçada das pessoas em volta... ou um pouco dos dois, talvez, acredito que seja esse o caso. Seja como for, cada palavrinha dessas que vc escreveu foi um verdadeiro bálsamo... talvez vc nem imagine o quanto eu estava precisando ouvir (ou ler) isso. O lugar que essa pessoa ocupa no meu peito existe, sim, e acredito que existirá para sempre - mas a vida, realmente, pede licença. Obrigada, minha querida, por tudo. O prazer, tenha certeza, é todo meu por tê-la conhecido.
MARI,

É pouquinho, flor, mas o que vale é a qualidade desse tempo, né? E esse tempinho de convivência com vc foi bem marcante, vai ficar comigo - e será retomado em 2009, viu? MSN add, nos falamos por lá!

GABI,

Vc é outra que parece ler a minha alma. Não foi nada fácil expor as minhas emoções assim, mas seria muito mais difícil contê-las - isso eu nunca consegui fazer, e duvido que uma dia encontre um meio. Existem muitos sentimentos sim, alguns dos quais não sou capaz de nomear e talvez nem seja preciso, basta saber que eles estão aqui e que sou capaz de senti-los com uma intensidade impossível de medir, porque não sinto nada meia-boca - e ainda não descobri se isso é muito bom ou muito ruim, um dia quem sabe. Quanto ao tempo... a gente precisa, né? Sabe a hora de parar, descansar... e se cuidar, como só a gente é capaz de fazer. E o amor-próprio que vc citou aí, minha linda, é certamente a chave para isso.


Beijos a todos, e sucesso! E quem curte 'saparada' de escrever, mande bala nas postagens - mostrem ao blogger quem é que manda! =D

Van disse...

Ô caraio........... Eu queria comentar o PIT STOP. Mas a senhorita PIT-STOPOU os coments tb!!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tá bom. Todo mundo comentará aqui. Não tem problema!

Não suma, twin. Tá certo que a vida segue, que é bom pausar pra por as coisas em ordem e fazer as faxinas, mas ó.... não esquece as amigas antigas. Aquelas que te acompanham deeeeeeesde ooooooutros blogs. Vulgo: EU! Egoísta mesmo. Declarada! Não se esqueça DE MIM.
Sei que tô afastada, mas eu não me esqueço. E te desejo toda a sorte do muuuuundo nos teus projetos todos e que no ano que vem vc colha tudo, tudo, tudo o que plantou!!!! VocÊ merece SÓ o que há de melhor, amora.... e vc sabe disso pq eu vivo te enchendo o saco e falando isso o tempo todo!
Sinto uma puta falta de te dar um abração pessoalmente, sabia? Quando eu ficar rica eu vou até aí só pra isso! hehehe
Beijucas + amor + carinho + amizade minha sempre!

Van disse...

Ah! Outra coisa: leeeeeeembra que eu prometi há uns trocentos milênios atrás um presente via correio? Então. Perdi teu endereço. Mas agora quero denovo, pq o presente vai ser de natal!!!!!!!!! Ho, Ho, Ho!!!!!!
Manda o endereço completin pro meu e-mail denovo, amora?
vanluchi@gmail.com

Gradicida, viu?
Presentin de coração. Simples, mas limpinho.
hehehe
Beijucas

Fred Matos disse...

Já que não dá pra comentar no "Pit Stop" faço-o aqui:
Espero que você volte, sim, e que não demore, pois faz falta um texto da qualidade do seu.
Feliz Natal. Ótimos novos anos.
Felicidades, sempre.
Beijos

Maldito disse...

Parabens então pelo 1 ano de blog!
Gostei muito daqui, voltarei sempre que puder!
Inté!

Jana Lauxen disse...

Buááááááááá!
Não vai!
Vou lançar uma campanha na blogosfera: VOLTA FLÁVIA!
Todo mundo vai aderir.
Tenho certeza.

E o texto de hoje... Bem. Elogiar é cair no lugar comum, mas está fabuloso.
Lindo.
Honesto.
Eu te entendi.
Acho.

Beijocas flor!
E feliz natal, ano novo, etecetara e tal.

Felipe Lima disse...

Creia Flávia: essa carta não é só sua. Um imenso beijo e um desejo honesto de boa vida.

Anônimo disse...

Bonita essa carta, verdadeira, mas deu uma dor de lê-la. Porque eu imagino o quanto lateja o coração enquanto essas palavras são expressadas.
Difícil esse momento de deixar a pessoa ir, mesmo depois de tanto tempo dela já ter ido da nossa convivência.
Bjitos!

Anônimo disse...

Os comentários do post mais recente estão fechados, então vim comentar nesse aqui.
Foi um pazer fazer parte dessa história, mesmo que por tão pouco tempo. Só espero que se você decidir ir contar suas palavras em outro lugar, que você me dê o endereço, ok?
Bjitos!

Anônimo disse...

Ô moça, agora que achei teu blog você vai dar descanso a ele?
Mas eu entendo perfeitamente, é sempre bom dar um tempo das coisas, por mais que gostemos delas, pra poder olhar de fora.
Adoro seus textos, são todos lindos, o prazer é todo meu!

Um beijo e boa sorte.

Adriano Queiroz disse...

Flávia não nos deixe...
HEhehe

Vai lá e faça o que tem a fazer, sucesso e seja feliz.

Abraços.

Alessandra Castro disse...

Palavras que nem os mais insensiveis iriam resistir. ;)

Anônimo disse...

Ok!
Sou a favor da pausa...
Pro verão que te espera, tua maior ocupação agora deve ser guardar energias.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

E muito agá pra gente!

Meu amor infinito, amiga-metade-inteira.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

O texto está rico sentimentalmente. Leve no sentido pessoal, na delicadeza de transformar palavras em despedida.

E você escreve com muita alma Flavia. tu tens um talento tão incrível com as palavras, que fico aqui pasmo. Esse texto ficou imensamente belo, em toda a sua tônica romântica. Maravilhoso.

Pena tu dar uma pausa em um momento tão bom. Bom porque aos poucos estou te conhecendo melhor, o que lamento ter deixado de ter conhecido antes. Outra, o blog realmente nos proporciona muitos aprendizados, conquistas e descobertas. Nos dá muito valores nobres.

Sei e acredito que tenha se tornado uma pessoa melhor. Em um blog ocorre uma troca sensacional. Várias pessoas comentando, discutindo. Abre-se um diálogo e cada um vai se mostrando através das palavras. Daí vamos nos conhecendo aos poucos. É daí que acaba gerando laços fortes de amizade. Pelo compartilhamente de idéias, de emoções.

Contigo não foi diferente. E tu naturalmente nos cativou.

Grande Beijo
;)

Fátima disse...

é verdade Flavinha...

mas haja coração para aguentar mais um ano. Sabe de uma coisa? Eu acho que para essa moça sofredora curar um pouco desse mal, devia amar de novo... um outro alguém, de uma outra forma. Para que talvez assim ela tivesse a chance de recomeçar... Se não, do contrário, vai se acostumar com a solidão e virar aquelas solteironas que mora com 8 gato numa casa... hehehe

Ruberto Palazo disse...

Primeiro a carta, nada mais intimo e revelador. As cartas escritas e não enviadas são a dor de cabeça de todo pombo-correio, depois nao entendem por que tal animal tão fantastico entrou em extinção, pobrezinhos!! =P

Segundo... estou de acordo com a Paty, e vc deve mesmo tirar suas férias, aproveitar o verão... vai que os horizontes se juntam, com esta ou com uma outra pessoa, ou com mil pessoas... to sabendo que tem pessoas já com o horizonte agendado para cruzer com o seu, né?rss

Beijoooooooooooooooo!!!

Saudades hermanita!

Anônimo disse...

Gente, que texto lindo!...
De uma emoção tão intensa, tão verdadeia que foi impossível não sentir também a sua dor.
Lindo, repito.

Fátima disse...

hahaha... esse medo de amar hein Flavinha!
Texto bom aquele, creio que algumas pessoas tenham se identificado com ele... Eu nem tanto, adoro me deixar levar pelas emoções... hehe

beijoss

*** Cris *** disse...

Olá,Flávia,td bem?
Fiquei emocionada lendo seu texto, até suspirei....
Bjs!